Durante anos, eu evitei pensar sobre minha sexualidade. Eu tinha uma ideia clara de que era atraído por homens, mas não queria confrontar essa realidade. Eu pensei que se eu pudesse simplesmente ignorar essa parte de mim mesmo, ela eventualmente desapareceria. Mas, é claro, isso não aconteceu.

Foi em uma noite quando tinha 24 anos e estava bebendo com amigos em um bar que acabei ficando com um cara pela primeira vez. Meu coração estava acelerado, minhas pernas tremiam, eu estava extremamente nervoso. Mas a experiência foi incrível. Eu senti algo que nunca tinha sentido antes.

A partir daquele momento, comecei a explorar minha sexualidade e descobri que meu favorito era o sexo gay. Eu finalmente me senti completo e autêntico. Foi libertador para mim, mas também foi assustador. Eu não sabia como as pessoas ao meu redor reagiriam ou se eu seria julgado e discriminado.

Demorou um tempo para eu aceitar minha identidade sexual, mas quando o fiz, minha vida mudou para melhor. Eu pouco a pouco comecei a ficar mais confiante e feliz. Eu cresci em minha sexualidade e abracei minha orientação sexual. Passei a me sentir completo e seguro em relação a quem eu era.

Mas dizer aos outros - amigos, familiares e colegas - foi uma outra história. Revelei minha preferência sexual para um amigo próximo por telefone, quando ele me perguntou sobre um encontro que eu tinha tido recentemente. Depois de uma longa pausa, ele disse que não estava com raiva, mas estava chocado e não sabia o que dizer. A partir daí, em vez de me ignorar ou me tratar de forma diferente, ele me apoiou e me aceitou. Em seguida, contei a minha mãe e foi um pouco mais fácil que o esperado. Ela me amava, independentemente de minhas escolhas sexuais e estava feliz em ver que eu era feliz.

Mas, nem todas as minhas experiências foram tão positivas assim. Eu perdi amigos, lidei com preconceito e às vezes, me senti sozinho e isolado. Mas eu percebi que eu só precisava de tempo para encontrar pessoas reais e verdadeiras que me amavam pelo que eu era, não pelo que eu fazia na cama.

Hoje, mais do que qualquer outra coisa, eu valorizo a honestidade e a autenticidade em mim mesmo e nos outros. Ser gay não é o único núcleo da minha identidade, mas é certamente uma parte importante. Eu sei que é uma preferência sexual que faz parte de mim e que eu sou plenamente quem sou graças a ela.

Eu sinto que deve haver mais conversas abertas e mais compaixão em torno do tema da preferência sexual. Ser gay não é uma escolha, e todos deveriam ser aceitos e amados pelo que são, independentemente da sua orientação sexual. Eu espero que, na medida em que a tolerância e a aceitação cresceram na sociedade, a jornada para a descoberta e aceitação para as outras pessoas, não seja tão dolorosa quanto a minha foi.

Conclusão

Pode parecer difícil admitir sua própria preferência sexual, mas quando você aceita e assume seu favorito sexo gay, você ganha autoconfiança e felicidade. Eu precisei de tempo para chegar a esse ponto e garanto que você também precisará. Mas quando fizer isso, você descobrirá que ser honesto consigo mesmo é o melhor caminho para a felicidade e realização.